Nossa escola está sempre preparada para enfrentar desafios.
Na noite de sexta-feira, dia 20, a equipe participou de uma palestra, agendada no mês de julho, com o Dr. Gustavo M. Estanislau, Médico Psiquiatra Especialista em Infância e Adolescência pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (UFRGS). Pesquisador e consultor técnico no Instituto Ame Sua Mente, onde participa da implementação da intervenção Saúde Mental na Escola, uma iniciativa do Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM), que é uma parceria entre USP, UNIFESP e UFRGS (maiores informações no site https://gustavoestanislau.com/).
Temas como TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizado) e seus impactos nas distorções sobre a leitura de comportamentos, diferença entre o estresse e a ansiedade, as construções de mundo feita pelos pais, comportamento infantilizado, funcionamento das amígdalas cerebrais, disparo dopaminérgico, insônia, uso constante do celular (e do prejuízo que se têm de trazê-los para a escola),jogos de celular e computador, a armadilha das redes sociais que trazem a ilusão de perfeição de vida e de felicidade, foram abordados.
Crianças ansiosas ou que convivem em ambientes de ansiedade, estão propensas a desenvolverem um olhar mais hostil sobre a escola e o mundo, a interpretar comportamentos de forma mais negativa, distorcendo a realidade ao seu redor. A falta de momentos de tédio e da criatividade, são características preocupantes dessa geração.
A escola pode se tornar o referencial social para a criança, mas, para que isso aconteça é necessário que se estabeleça uma relação de confiança mútua entre os pais e a escola. Através do diálogo e da cooperação, não impedindo a criança ou o adolescente de se frustrar, mas que experimente o mundo com cuidado e aprenda com seus erros e acertos. Uma criança que é alertada o tempo todo de forma exagerada, mostrando a ela o mundo de modo perigoso e catastrófico pelos pais, sendo impedida de vivenciar seus próprios erros, tende a se esquivar e desenvolver o medo e a insegurança frente à realidade, tornando-a ansiosa e vítima de situações onde ela poderia crescer e amadurecer pessoal e emocionalmente.
Na era da felicidade instantânea, das reações imediatas, com a mudança de percepção do que é sucesso e dos padrões impostos pelas telas, o papel da escola é fundamental no desenvolvimento do convívio com o grupo e o enfrentamento da diversidade.
A construção e o desenvolvimento da autonomia, do senso crítico, da ética, do respeito mútuo, da empatia, são valores prezados pelo Colégio Bem Me Quer há 45 anos.